A importância de procurar um psicólogo e pedir ajuda

Metáfora


"Imagina que o teu psicólogo e tu são dois alpinistas. Cada um a subir uma montanha diferente, mas muito próxima.

O psicólogo pode ver um caminho na tua montanha que pode ajudar-te a subir melhor e mais facilmente a tua montanha. E pode fazê-lo, não porque ele é mais esperto do que tu ou por já ter escalado a tua montanha antes, mas porque ele se encontra numa posição onde pode ver coisas que de momento tu ainda não consegues ver.

Mas atenção: mesmo que o psicólogo te indique o caminho, és sempre tu quem tem de subir a tua montanha."


Muitas vezes, quando estamos mais em baixo, ouvimos as frases, "tens de pedir ajuda"/ "procura um psicólogo", e não nos faz sentido por acharmos que conseguimos lidar com os nossos assuntos, com os nossos sentimentos sozinhos, e, regra geral, o que acontece, é que já só pedimos ajuda ou procuramos um profissional quando estamos demasiado quebrados e sem luz para poder sequer encontrar a esperança, aquela esperança que nos faz renascer das cinzas e brilhar novamente com a nossa luz própria.


É preciso, em primeiro lugar, acabar com mitos."Só vai ao psicólogo quem está louco?";"Não vou gastar dinheiro num psicólogo para conversar quando posso conversar com os meus amigos"


Não, claro que não só quem está/é louco - o que quer que signifique realmente ser louco -, vai ao psicólogo. Todo e qualquer ser humano, pode/deve, em alguma altura da vida, recorrer aos serviços desse tão (des)temido profissional.


O psicólogo pode ajudar em questões tão básicas como o que vou fazer com a decisão que quero tomar mas não tenho coragem, até a assuntos mais graves e delicados, como diagnósticos de doenças do foro psicológico e/ou emocional.


Quanto aos amigos, quando eles existem (graças a Deus por eles, nossos portos seguros), devemos desabafar com eles. Contudo é muito importante percebermos que uma conversa com um amigo não passa disso mesmo, uma conversa. A consulta de psicologia não se restringe, apenas, a uma conversa. O profissional está ali para ajudar/guiar a pessoa na sua demanda e resolução de problemas. Ele tem como base a sua ética profissional e por isso não faz julgamentos e respeita o princípio da confidencialidade. Com a sua base teórica, ele está preparado para, a cada passo, perceber qual a melhor estratégia para ajudar a solucionar o problema. E juntos traçarão o caminho que melhor se adaptar ao cliente/paciente.


Pedir ajuda nasce connosco. Basta olharmos para um recém-nascido. O choro é o seu meio de comunicação para pedir ajuda, para garantir que as suas necessidades básicas são colmatadas.


Na minha opinião, à medida que crescemos vamos perdendo essa capacidade, renegando-a, até que ela parece uma coisa que nunca fez parte de nós. A verdade é que a vida se intromete e desaprendemos de pedir ajuda. Tornamo-nos adolescentes que querem ser adultos e que se sentem incompreendidos e paramos de pedir ajuda quer seja porque não nos compreendem, quer seja pelo simples facto de queremos provar aos outros, e até a nós mesmos, que somos capazes de fazer as coisas sozinhos... (fica para um próximo artigo o acharmos que temos de ser/fazer sozinhos).


Temos que reaprender, há uma necessidade enorme de reaprender. Há necessidade de percebermos que não somos uma ilha e que pedir ajuda mostra uma força e uma esperança gigante em nós. Se está a passar por alguma situação em que ache que precisa de ajuda ou se conhece alguém que está a passar, procure e/ou recomende um psicólogo.




Sara Varino

Psicóloga inscrita na Ordem dos Psicólogos.

Psicoterapeuta EMDR nível II. Hipnoterapeuta e Life Coach.

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